Ferramentas de Business Intelligence e a sua importância no mercado

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Ferramentas de Business Intelligence e a sua importância no mercado

É notória a evolução das informações em um ambiente atual de incrível acesso a tecnologia, nomes como Inteligencia Artificial (*Machine Learning), *Data Mining, são cada vez mais comuns em nosso meio corporativo.

Mas para a grande maioria das empresas o que isso tem sido aproveitado? Nada.

Se não houver uma ferramenta que estruture essas informações e saiba interpretar e criar indicadores inteligentes para cada área de negócio, toda essa gama de informações se transformará em outras grandes bases de dados que não se “conversam”, consequentemente eliminam a possibilidade de gerar um produto eficiente na tomada de decisões.

Quando existe um grande conjunto de dados a serem armazenados, conhecidos como *Big Data, é necessária toda uma estrutura de *Business Intelligence (BI) para ser implementado, esse artigo tentará ilustrar como empresas e profissionais dessas áreas poderiam maximizar todo esse potencial, tanto com o investimento necessário, mas também impedindo que tenhamos um sub aproveitamento dessas ferramentas.

 

Business Intelligence (BI)

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Muito se discute atualmente sobre os principais produtos de BI disponíveis no mercado tecnológico, não apenas para área de Tecnologia da Informação (TI), mas sim em qualquer unidade de negócio de alto desempenho que demanda índices e performances de resultados dos mais variados graus de ambição, além de informações em tempo real para tomada de decisões totalmente estratégicas para o rumo da companhia.

[quote_center]Mas como os profissionais que atuam nesse segmento enxergam essa transformação?[/quote_center]

Um cenário de análises manuais de Big Data consideradas limitadas pelas próprias ferramentas disponíveis e a complexidade dos dados X análises sofisticadas em ferramentas de Dashboard, ilimitada do ponto de vista de variáveis a se diagnosticar.

Seria comum pensarmos nesse embate de prioridades presumindo que a empresa tem maturidade longeva de mecanismos tecnológicos para análise de dados, mas, acrescentaremos a discussão um setor que passou a dedicar mais atenção nesse mercado recentemente, muito a uma mudança de cultura estratégica e seu alto grau de exigência, exemplo: setor farmacêutico.

 

Para que serve o Business Intelligence (BI)?

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Existem muitas vantagens no Business Intellingence, abaixo selecionamos algumas delas:

1. Determina o ROI da estratégia de marketing de uma empresa;

2.Melhora o processo de decisão, eliminando o “achismo” (adivinhação);

3. Rápida resposta a qualquer questionamento relacionado ao negócio;

4. Permite análise em tempo real com fácil navegação;

5. Identifica venda cruzada e oportunidade de otimização de vendas;

6. Integra o budget com o planejamento de um projeto;

7. Conhecimento do negócio por meio de relatório e métricas  baseado no banco de dados;

8. Compreende o que impulsiona a receita de um negócio;

9. Personaliza a estratégia de vendas e prevê possíveis obstáculos;

10. Evita estrangulamentos e problemas em um mercado frágil;

11. Cria um modelo de negócios mais eficaz;

12. Fornece uma visão única do negócio e consolidada dos clientes;

13. Acompanha o inventário de uma empresa e capitaliza as tendências;

14. Cria uma marca em um ambiente de varejo competitivo e complexo;

15. Descobre o grande “porquê” e o que motiva o comportamento do consumidor.

 

Business Intelligence no mercado farmacêutico

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[quote_center]Porque essa escolha?[/quote_center]

O mercado farmacêutico representa um dos mercados de maior importância dentro do cenário nacional tanto pelo volume vendido como pela importância à saúde da população em geral.” ITALIANI (2006, pg.02).

Um exemplo disso, a Big Farma EMS maior laboratório farmacêutico com mais de 50 anos de mercado, passou a adotar a inovação em processos de BI a partir de 2009, logo em seguida migrou para os acessos de mobilidade por meio de dispositivos móveis. Para o gerente de Sistemas de Informação da empresa no período, foi o melhor caminho para conquistar agilidade e assertividade na tomada de decisão. “A partir daí, foi possível ter acesso a análises e informações dos negócios e contar ainda com demonstrativos de resultados da empresa e a consolidação de um data warehouse (armazém de dados) corporativo” (ALVES, 2011 – fenainfo.org.br/info_ler.php?id=38705).

De acordo com as últimas previsões do instituto de pesquisas e consultoria Gartner, o mercado mundial de Business Intelligence e Analytics (BI&A) esperava atingir US$ 16,9 bilhões em 2016, representando um crescimento de 5,2% em relação a 2015. De acordo com o instituto de pesquisas, este crescimento está diretamente ligado a uma mudança no cenário do mercado de TI, pautada pela transição de ferramentas baseadas em relatórios para uma abordagem de autoatendimento. (FONTE: Canaltech 22/02/2016).

É correto considerar a indústria farmacêutica como um dos setores da economia que mais necessita e utiliza de processos de informação. Características peculiares mercadológicas, utilidade social de seus medicamentos, ciclo de vida de seus produtos que pedem análises robustas de dados gerenciais, de mercado e produção.

Esse talvez seja o motivo pelo qual as matérias citadas retratam a relação de investimento em ferramentas de análises de dados, em particular para o segmento indicado, com a necessidade em aplicativos relacionados à sistematização e análise de dados financeiros, comerciais e de relacionamento com o cliente, como os Customer Relationship Management (CRM) e os BI.

Compreendemos até aqui o rumo que esse mercado vem tomando, suas necessidades e exigências, além de todo o aporte financeiro que sustenta esse segmento, somado a mudança de mentalidade também incorporada por um BIG Farma brasileira entendendo todo o cenário e o caminho a se seguir, mas quais seriam as ferramentas ideais, e até que ponto elas poderiam atender as necessidades?

Ferramentas de BI

Para ilustrar este cenário, o blog IT Central Station, uma plataforma de conhecimento *crowdsourced, reuniu mais de 211 mil opiniões enviadas por usuários reais sobre as melhores ferramentas de BI, para apontar qual delas teve maior destaque em 2017:

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Fonte:  IT Central Station  – Pesquisa com informações de Maio de 2017

Mas quando a pesquisa segmenta pela necessidade de utilização de uma ferramenta X a estrutura, tamanho e potencial de uma da companhia temos esses resultados.

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 5 principais ferramentas x estrutura

Em fevereiro desse ano, o *Gartner liberou o relatório anual com seus estudos e previsões para os próximos anos sobre softwares de Business Intelligence e Analytics.

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Quadro 1 – Quadrante Mágico Gartner

“Os investimentos em BI estão sendo dominados por fornecedores que estão focados em agilidade e facilidade de uso para usuários de negócio, juntamente com a capacidade de governança e em promover a criação responsável, distribuição e uso de conteúdo analítico criado dentro da plataforma.” (Fonte:. Gartner, Magic Quadrant for Business Intelligence e Analytics plataformas, Josh Parenteau et al, 04 de fevereiro de 2016.)

Analisando as ferramentas disponíveis, a opção de utilização a partir do grau de exigência da indústria e a evolução de capacidade dentro do quadrante ilustrado, tenho a incumbência de expor variáveis importantes desse segmento, além de exigência do próprio mercado de incluir um fator muito determinante à discussão: investimento financeiro na ferramenta.

Custos para a implantação do Business Intelligence

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O GARTNER publicou uma pesquisa em 27 de agosto de 2015 onde mostra os custos totais para projetos de BI em 03 anos. Foram analisados 50 fornecedores de soluções de BI.

Além dos investimentos iniciais – licenças e infraestrutura – devem ser computados muitos outros custos ao longo de 03 anos em projetos de BI: consultoria, manutenção anual, treinamentos, gestão de mudanças entre outros. Este custo total o GARTNER denominou BIPOC.

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Tabela 1 – Custos no período ((Fonte: Aditi Gestão & TI http://www.aditi.com.br).

Obs: A listagem acima mostra somente as principais soluções no Brasil.

 

Estruturação do BI

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Qual a alternativa para situações ou empresas impossibilitadas de seguir esse padrão de investimento?

Pra que se tenha de fato a informação estruturada, em modelos de cubo e a consolidação de um *data warehouse, é necessário que se invista no pacote de ferramentas completo e personalizado, com atualização, consultoria, gestão e mecanismos criados pra que se chegue a melhor análise, e assim ter uma tomada de decisão de forma consistente.

Porém, as mesmas ferramentas estão disponibilizando modelos off-line de suas versões, isso faz com que seja possível o cruzamento de diversas bases (em inúmeras fontes) transformando assim em Dashboards, substituindo ferramentas do Office que impactam diretamente no tempo útil de dedicação de cada área, isso seria outra forma de economia, tornando-se possível a utilização de forma mais estratégica e analítica daquele profissional.

Esse novo modelo, além de difundir entre a própria companhia, consolida-se pelo custo zero independente da quantidade de usuários, é a porta de entrada pra que essas ferramentas passem a integrar também outros segmentos do próprio mercado, seja pequenas indústrias, distribuidores e até hospitais com a possibilidade de venda de suas licenças com infraestrutura completa.

Para empresas de grande porte podemos considerar como comum, e coerente, que tenham a estrutura de BI consolidada com data warehouse, usuários administradores, desenvolvedores e seus respectivos níveis de hierarquia e controle pra uma melhor manutenção dos dados e disponibilização do conteúdo para os usuários analistas.

Todavia, em um mercado competitivo e com grande exigência de alto desempenho dos seus setores estratégicos, a extensão dessa ferramenta através de dos usuários free com os pacotes off-line, tem sido um diferencial não só pelos ganhos citados no parágrafo anterior, mas também pela facilidade que o profissional independente de seu setor tem para criar análises rápidas e inteligentes com uma capacidade de atualização e compartilhamento entre as áreas internas e externas utilizando uma mesma linguagem, a unificação dos dados precisa iniciar através da utilização da mesma ferramenta, e assim estabelecer a tão esperada cultura de automatização dos processos e relatórios.

 

CONCLUSÃO

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Com percepção e experiência de quem atua na área, após discussões construtivas e ideias trocadas com profissionais desse segmento, vejo que se tornou importante pensarmos em soluções bilaterais para expansão desse conceito, como: manuais, portais e materiais de apoio que explorem o conteúdo dessas ferramentas além do que vivenciamos em treinamentos internos, é extremamente rico e incentivador ao segmento elevar a capacidade de análises dessas ferramentas, discussões de melhorias no armazenamento de dados abastecendo a área foco de cada companhia com condições de se chegar a cada vez mais a informações estratégicas com rapidez e fácil interpretação.

É de natureza comum utilizar bases de conteúdo fictício em encontros e treinamentos dessas ferramentas, porém na maioria das vezes com produtos e estruturas de negócio diferentes das que utilizamos no nosso dia-a-dia.

As indústrias farmacêuticas costumam adquirir auditorias em fornecedores comuns de análises de mercados para suas decisões internas e monitoramento de seu segmento, sendo assim, seria uma grande oportunidade para se aproveitar dessa propensão ao uso da tecnologia no setor.

Workshops e treinamentos desenvolvidos por essas ferramentas com o envolvimento de todas as empresas concorrentes, estrutura de dados familiares de acordo com o segmento de mercado, seria algumas das soluções para promover de fato esse processo de Benchmarking a fim de se discutir em conjunto essa preparação dos dados e maximização da capacidade de se analisar e utilizar ferramentas com bases que estejam estruturadas da melhor maneira possível. Em nada essa prática interferiria nos resultados e objetivos traçados por cada companhia, afinal, o que faz a diferença é como executamos o que foi traçado.

Referências

CANALTECH (https://corporate.canaltech.com.br/noticia/mercado/mercado-de-business-intelligence-e-analytics-atingira-us-169-bilhoes-em-2016-58373/

GARTNER, Analyst(s)  Rita L. Sallam, Josh Parenteau, Cindi Howson, Ehtisham Zaidi

ITALIANI, Fernando. Marketing Farmacêutico. Rio de Janeiro: Qualitymark Edit., 2006.

INFORMÁTICA, Federação http://fenainfo.org.br/info_ler.php?id=38705) industria-farmaceutica-inova-processos-com-bi-na-mobilidade

STATION, Central (Blog – plataforma de conhecimento www.itcentralstation.com).

TI, Aditi – (Gestão de custos – www.aditi.com.br).

Notas de Rodapé

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*Big Data refere-se a um grande conjunto de dados armazenados. Diz-se que o Big Data se baseia em 5 V’s : velocidade, volume, variedade, veracidade e valor. ‘

*Business Intelligence (BI) é uma tecnologia que permite que as empresas organizem enormes quantidades de dados, de forma rápida, meticulosa e com aguçada precisão analítica, para melhor tomada de decisões.

*Crowdsourced  (em português, contribuição colaborativa ou colaboração coletiva), é uma palavra-valise em língua inglesa, composta de crowd (multidão) e outsourcing (terceirização).

*Gartner é uma empresa de consultoria fundada em 1979 que  desenvolve tecnologias relacionadas a introspecção necessária para seus clientes tomarem suas decisões todos os dias. A Gartner trabalha com mais de 10.000 (dez mil) empresas, incluindo CIOs e outros executivos da área de TI, nas corporações e órgãos do governo. A companhia consiste em Pesquisa, Execução de Programas, Consultoria e Eventos. Fundada em 1979, por Gideon Gartner, a empresa mantém sua sede em Stamford, Connecticut, Estados Unidos, e tem mais de 5700 (cinco mil e setecentos) associados, incluindo analistas, pesquisadores e consultores em mais de 85 (oitenta e cinco) países pelo mundo.

*Data warehouse é um depósito de dados digitais que serve para armazenar informações detalhadas relativamente a uma empresa, criando e organizando relatórios através de históricos que são depois usados pela empresa para ajudar a tomar decisões importantes com base nos fatos apresentados.

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