Após a confirmação do Instituto Evandro Chagas do Ministério da Saúde, o qual verificou a presença do vírus no exame de sangue de uma bebê nascida em um Hospital no Ceará, obteve-se a constatação da suspeita que o ZiKa Vírus seria o causador de microcefalia em bebês, como está relatado no vídeo abaixo e exibido em 28/11/15 no Jornal Nacional da Rede Globo.
E m 05/12/15, foi confirmado mais um caso do vírus causador da Zika em São Paulo com suspeita de microcefalia, como retrata a reportagem da G1 São Paulo nas referências.
[quote_center]Essa questão tornou-se campanha de saúde pública. [/quote_center]
E, nós do site Farmacêuticas, não poderíamos deixar de lançar a nossa campanha. Trago neste artigo, um histórico de distribuição do vetor Aedes aegypti e Aedes albopictus para que o público científico possa abraçar a causa e lutar na prevenção dos criadouros do mosquito mais temido de todos os tempos.
Histórico da Distribuição das espécies de Aedes nas Américas e suas infestações
O Mosquito Aedes aegypti, ainda não intitulado como vetor da dengue, relata-se a distribuição de 1955 a 1963, quando não houve mais relatos nas Américas. Em 1975, voltou-se a encontrar estas espécies, no Brasil, que se alastrou pelo Cone Sul Americano. Novas reincidências de distribuição ocorreram em 1986 na Argentina, com o aumento das aparições em 1997. Entretanto, outro futuro vetor já se distribuía nas Américas: o Aedes albopictus. Em 1985, este vetor começava a difundir o Chikungunya principalmente no Texas (Estados Unidos), no Brasil em 1986, na em Argentina 1998 e em 2003 nas regiões mais geladas do Uruguai.
Mapa da distribuição do Aedes aegypti
Desmistificando a Chikungunya
O vírus é de origem arbovírus, pertencente ao gênero Alphavírus, da família Togaviridae. Os primeiros casos clínicos supeitos em humanos relatados ocorreram em 1770. Entretanto, o isolamento em soro humano só ocorreu em meados de 1952 e 1953 em epidemia que ocorrera na Tanzânia (África). E outros sítios epidemiólogicos, posteriormente, foram registrados na Ásia em 1960, em área rurais e urbanas (Bangkok e Tailândia), e na Índia entre as décadas de 1960 e 1970 (Calcutá e Vellore).
No entanto, em Países como Itália na Europa e em outros continentes como África, sudeste da Ásia e Índia estão registrados 25% de manifestação atípica de comprometimento do Sistema Nervoso Central: encefalites e encefalopatias em crianças menores de dois anos.
A transmissão pode ocorrer durante a gestação, trazendo um comprometimento definitivo e grave, como foi encontrado em 50% dos recém nascidos na República Dominicana nas Antilhas ( Arquipélagos do Caribe). Nesta época, o Ministério da Saúde já relatava a possibilidade deste mosquito chegar ao País.
Esta doença viral causa os seguintes sintomas mais frequentes:
- Artralgia crônica
- Febre alta (39ºC – 40ºC);
- Edema;
- Hepatomegalia;
- redução da quantidade sérica de leucócitos e plaquetas;
- Coriza;
- Hemorragia.
Ainda não possui um tratamento medicamentoso mais adequado. Somente o paracetamol ou dipirona para o controle da febre alta.
Atenção ao Zika Vírus
É também da família Arbovírus, mas o seu gênero é o Flavivírus, o qual foi isolado em 1947 na floresta Zika em Uganda na África. Por isso o seu nome.
Encontra-se casos da doença provocada por este vírus de forma global atualmente. Têm-se registros na África, Ásia, Oceania e Américas.
O vetor deste vírus é o Aedes aegypti, o mesmo da doença dengue. O que preocupa e muito as autoridades sanitárias do país. Por isso o Ministério da Saúde e mídias televisivas, impressas e sociais se engajaram em alertar à população.
A doença causada pelo Zika vírus pode causar:
- Febre branda (37ºC);
- Vermelhidão da conjuntiva;
- Exantema em forma de pápula;
- Edema;
- Dor retrorbital;
- Síndrome de Guillain Barré (paralisia flácida aguda da musculatura lisa e esquelética de forma degenerativa);
- Microcefalia em bebês neonatos.
O tratamento medicamentoso recomendado é o paracetamol ou dipirona para dor e febre, e anti-histamínicos no caso de erupções cutâneas.
Em 80% dos casos, as infecções em humanos desaparecem de 3 a 7 dias. A confirmação do diagnóstico pode ser feita através de teste molecular RT-PCR, que traz o resultado em até 1 minuto.
Vamos relembrar os sintomas da Dengue?
Esta doença tropical causada pelo mosquito Aedes aegypti possui os seguintes sintomas:
- Febre alta (39ºC – 40ºC);
- Dores nas articulações e dor no corpo;
- Dor retrorbital intensa;
- Diarreia;
- Vômitos;
- Leucopenia;
- Trombocitopenia.
- hepatomegalia
O tratamento recomendado é o uso de dipirona ou paracetamol, em caso de dor ou febre. No entanto, o paracetamol não está indicado nos casos em que o paciente apresenta hepatomegalia, vômito e diarreia, que culminam para a diminuição da glutationa responsável pela metabolização do mesmo, levando a hepatotoxicidade.
É bom lembrar que as três doenças são confundidas com sarampo. Porém fica o alerta: [quote_center]” Não se observa dores musculares, artralgia, edema, dor retrorbital e nem hemorragia neste tipo de doença.[/quote_center]
Resumo dos quadros clínicos das doenças
Campanha Nacional contra o Aedes aegypt transmissor do Zika Vírus, Chikungunya e Dengue
Desta forma, junte-se à Campanha da Farmacêuticas e vamos todos contra o mosquito Aedes seja ele aegypti ou albopictus!!!!
Finalizo com o Vídeo da Ministério da Saúde. E lembre-se você fazendo a sua parte, o combate à este militante de enfermidades será mais eficiente. Contamos com você!!!
Referências
- Portal do Ministério da Saúde;
- http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/doenca_transmissao_vetorial/arquivo/2015/08/13/Web_Palestra_TRIPLA_EPIDEMIA.pdfhttp://www.gpuim.ufc.br/alertas/alertas04/paracetamol-14-jul-04.pdf
- Portal de Periódicos Fiocruz
- WHO – World Health Organization – Organização Mundial da Saúde – OMS
- http://elifesciences.org/
- http://www.gpuim.ufc.br/alertas/alertas04/paracetamol-14-jul-04.pdf
- Jornal Extra – 04/05/14http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dengue/chikungunya-doenca-parecida-com-dengue-atinge-mais-de-7-mil-pessoas-na-republica-dominicana-12364777.html
- G1 notícias – http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/12/sp-tem-primeira-suspeita-de-caso-microcefalia-relacionado-ao-zika-virus.html