Tendências e Experiências em Serialização e Rastreabilidade de Medicamentos – ISPE

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Para a implantação da sistemática de serialização e rastreabilidade segundo os requisitos da RDC nº 54/2013 há ainda muitas dúvidas e pontos que necessitam ser esclarecidos, além dos impactos na Indústria Farmacêutica.

Diante de tal cenário, o gestor de programa de Serialização Global da empresa Optel Vision, Jean-Pierre Allard “Jé – Pi”, trouxe esclarecimentos importantes sobre a implantação da norma e alguns estudos de caso. Tais esclarecimentos foram inicialmente apresentados em palestra que ocoreu há pouco tempo no ISPE Brasil e levou o seguinte tema:

[quote_center] Tendências e Experiências em Serialização e Rastreabilidade de Medicamentos[/quote_center]

Entre os principais tópicos abordados estão:

  1. Regulamentação mundial
  2. Soluções para frascos e cartuchos
  3. Agregação
  4. Embalagem manual
  5. Equipamentos de embalagem
  6. Arquitetura de TI
  7. Open-SCS – Padrão de comunicação de serialização

 

 

Regulamentos Mundiais

mapa-mundial

Em cada um dos países indicados na figura acima há uma legislação específica para a atividade de serialização e rastreabilidade de medicamentos. No Brasil, a ANVISA publicou a RDC nº 54 de Dezembro de 2013 para definir e padronizar as atividades relacionadas ao sistema.

A nível mundial, temos a seguinte situação (apresentação feita de acordo com a data da implementação):

paises-serializacao-normas

paises-serializacao-normas2

 De uma foram geral, a atividade de serialização e rastreabilidade de medicamentos é relativamente nova nos países acima relacionados, porém promove grande um avanço na área da saúde mundial.

 

Informações requeridas no Brasil

No caso específico do Brasil, a ANVISA definiu por meio da RDC nº 54/2013 o seguinte formato para a codificação das embalagens primárias e secundárias de medicamentos:

indicador-de-aplicacao-datamatrix

A identificação exclusiva de produtos é feita por atribuição de código Identificador Único de Medicamentos (IUM), correspondente à menor unidade de comercialização.

Sendo que:

  • Identificador Único de Medicamento – IUM: uma série de caracteres numéricos, alfanuméricos, ou especiais, criada através de padrões de identificação e codificação, que permite a identificação exclusiva e inequívoca de cada unidade específica de medicamento comercializada no mercado.
  • Número Serial: número individual, contido no IUM, não repetitivo, de 13 dígitos, correspondente a cada unidade de medicamento a ser comercializada no território brasileiro, codificado no código de barras bidimensional e inscrito de forma legível a olho humano na embalagem de comercialização, conforme disposto na norma.

Desta forma, o  sistema deve gerar, posicionar e armazenar, os dados do IUM nas embalagens de todos os medicamentos comercializados e distribuídos no país.

 

A formação do IUM deve ser feita de acordo com a seguinte ordem:

  1.  Número do registro do medicamento junto à Anvisa, contendo 13 (treze) dígitos
  1. Número serial (gerado por métodos randomizados e não determinados)
  1. Data de validade, no formato MM/AA
  1. Número do lote.

 

Na prática, a codificação no Brasil seria da seguinte maneira:

Configuração

• Datamatrix Modulo (0.5mm)

• Fonte (1.6mm)

datamatrix-anvisa

Tamanho recomendado – perguntar para o jp

 

 

número em parenteses sao codigos tabela acima

Isso porque é obrigatória identificação para rastreamento desde da fabricação do produto até a entrada no estabelecimento que realiza a dispensação.

Sendo assim, devem haver  IUM nas seguintes embalagens:

  • Embalagens secundárias de todos os medicamentos (embalagens múltiplas, embalagens secundárias para fracionados e embalagens hospitalares)
  • Embalagens primárias: para os medicamentos que não possuem embalagem secundária
  • Embalagens de transporte deverão conter um código identificador no qual estejam relacionados todos os IUM que compõem a embalagem.

 

 

Etiquetas de identificação para caixas de embarque e paletes no Brasil

As caixas de embarque, assim como o paletes contendo as caixas de embarque de um determinado produto, devem seguir um padrão:

etiqueta-palete-serializacao

DUAS OPÇÕES DE ETIQUETA

 

 (00) caixa de embarque

(01) produto – identificacao GREGACAO PERGURTAR PAR O jp

 

Estudo de caso

 

Impacto na linha

Solução tecnologicatecnologico

 

 

Rastreabilidade  e soluções para frascos – começa aqui!!!

 

Lembrando que até o final deste ano (2015) a ANVISA determinou que sejam realizados pelas empresas detentoras de registro de medicamento testes contendo os dados de rastreamento completo de 3 (três) lotes em toda cadeia produtiva até as unidades de dispensação.

E para melhor compreensão de como funcionará a sistemática para codificação/serialização, inspeção e agregação, a Optel Vision elaborou ilustrações e vídeos explicativos:

Estação de associação de frascos
frascos

Exemplo de linha de embalagem serializada – Frascos

Exemplo de linha de embalagens de cartuchos

A Optel Vision traz ao mercado brasileiro diversos soluções tecnológicas para adequação das linhas de embalagem da indústria farmacêutica em atendimento aos requisitos da RDC nº 54/2013. Entre elas:

 

Serialização e Agregação de Cartuchos

 Um excelente exemplo de solução tecnológica para linhas de embalagem, incluindo as manuais, é o equipamento Flying Carton Tracker™

 Para mais informações sobre este equipamento leia o artigo:

Flying Carton Tracker™ solução tecnológica para adequação à RDC nº 54/2013 da ANVISA em linhas de embalagem

Rastreabilidade e soluções práticas para cartuchos em esteira de transporte

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Rastreabilidade e  Soluções para embalagem semi-automática

O equipamento  PackStation™ oferece diversas configurações para otimizar o processo de embalagem, com ou sem agregação,  garantindo a precisão da identificação de serialização, que respeita as exigências de autentificação e de rastreabilidade dos produtos da indústria farmacêutica.

A PackStation™ é uma estação de embalagem semi-automática operada por um ou vários operadores que permite a verificação dos dois lados do frasco individual, da embalagem cartonada e bundle num case único ou multi camadas.  este equipamento identifica e verifica a etiqueta-pai sem alterar a ritmo do processamento da embalagem.

 

 

 

Impacto de operações de embalagem manual capturadas pelo sistema de serialização – 2 camadas

+2 sec : Scan de camada 1

+2 sec : Scan camada 2

-2 sec : Impressão automática

+1 sec : Inspeção da etiqueta da caixa

Extra 3 sec por caixa (para duas camadas)

embalagem-serializacao-rastreabilidade

impacto-embalagem

18% de atraso no processo.

peças por milhão (pieces for milion)

Rastreabilidade e soluções para equipamentos de embalagem

Conceito:

  • Câmeras posicionadas numa esteira
  • Aquisição após cada camada da esteira
  • S/N deve ser no lado visível do cartucho

embalagem-camada-2 substituir pelo vídeo

Solução para esteiras de embalagem  – Embalagens de Múltiplos Formatos

  • Visão permanente de câmeras por trás de placas menores
  • Visão de câmeras voltadas para cada código de barra de embalagem maiores

esteira-serializacao

 câmaras

Solução para variados tamanhos de Case

Algumas placas adicionais vem com um alerta de luz que necessita ser conectado com um pequeno cabo anexado à câmera.

tamanhos-de-case

luz de led para iluminar  e camera captar a imagem.

maior a iluminacao maior o campo de alcance da camera.

Estudo de caso – colocar pri

Agregação completa numa Fase única versus Duas fases

serializacao-agregacao

estudo-de-caso

Configuração de Arquitetura TI – outro post 

Segundo a norma da ANVISA, os sistemas informatizados utilizados para o fluxo e armazenamento das informações sanitárias no SNCM (Sistema Nacional de Controle de Medicamentos) devem assegurar o sigilo, a integridade, a interoperabilidade, a autenticidade e a disponibilidade dos dados e informações, de modo a viabilizar a execução das ações de fiscalização, controle e monitoramento.

Sendo assim, os sistemas informatizados devem ser estruturados e mantidos mediante mecanismo estabelecido assegurando as interfaces de acesso remoto para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qualidade de coordenador do SNCM.

De acordo com a resolução a arquitetura de TI das empresas fabricantes devem ser estruturadas da seguinte maneira:

Características do servidor de Serialização

  • Criação de número serial
  • Banco de dados de Serialização
  • Conexão com dados do Governo

banco-de-dados-anvisa

Exemplo de rastreabilidade – Arquitetura de TI

arquitetura-de-ti

Estrutura de TI específica para o Brasil

arquitetura-de-ti-brasil

OPEN-SCS – Padrão de comunicação de serialização

Situação atual:

  • Mais de 10 representantes de níveis de linhas de embalagens (L2)
  • Mais de 20 sites e representantes de soluções de nível corporativo. (L3 e L4)
  • Nenhum padrão de comunicação real . EPCIS não aborda todas as necessidades .
  • Cada implementação de TI é personalizada.

Objetivo: Padronizar as seguintes comunicações

  • Provisão de Números seriais
  • Código de Produto Eletrônico (CPE ) Repositório (Transferência de e para)
  • Lote & Master Data Repositório (Transferência de e para )
  • Retorno de números seriais não usados.
  • Importação completa de lotes
  • Consulta de números seriais

Comitê Diretivo

Optel Vision, Abbou, NNE, SAP, Teva, Systech, Werum, Mylan, Famar, Antares

Sobre o palestrante Jean-Pierre Allard “Jé – Pi !”

j-p-foto

Gestor de programa de Serialização Global

  • Trabalha na Optel Vision desde 2008.
  • Acompanha regulamentos e padrões de diversos países.
  • Define Roadmap (roteiro) do produto.
  • Revisa e aprova novas especificações de produtos.

 

Contato: jp.allard@optelvision.com 

Sobre a Optel Vision

optel-vision

Fornecedor mundial no setor farmacêutico com 26 anos de expertise em soluções turnkey para software, ópticos, mecânicos e soluções TI

Mais de 400 funcionário e ainda em expansão

Maior gestor global de Soluções de Rastreabilidade

Sede corporativa Quebec, Canadá

optel-canada

Sede corporativa Limerick, Irlanda

optel-irlanda

Expansão mundial

• 3500 metros quadrados adicionais no prédio de da cidade de Quebec

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Formada em 2000 em Farmácia industrial pela Faculdades de Ciências Farmacêuticas Oswaldo Cruz, começou a atuar na área farmacêutica em 1998 com projetos científicos e em farmácia de manipulação. Em 2001 iniciou sua carreia em indústria farmacêutica, atuando nas áreas de Controle de Qualidade, Garantia e Gestão de Sistemas da Qualidade, Qualificação e Validação. Com experiência de mais 20 anos no setor, trabalhando em indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais, hoje realiza consultorias e treinamentos para indústrias de medicamentos, indústrias de cosméticos e saneantes, distribuidoras e montadoras de equipamentos da área farmacêutica. Empresária, consultora, blogueira, fundadora do Portal Farmacêuticas e da consultoria que leva o mesmo nome, esposa e mãe de duas filhas, tem como nova missão a criação de um portal, Farmacêuticas, voltado exclusivamente para o mundo farmacêutico, com dicas de projetos, eventos, cursos e notícias.

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